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Site description (2008 baseline):
Site location and context
A IBA inclui a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, a sul/sudoeste da baía de São Marcos, e estendese a leste até o rio Munim, englobando assim afluentes desse rio e também do Itapecuru. O Mearim e o Pindaré, principais rios da região, transbordam anualmente e suas águas inundam todas as planícies baixas adjacentes. O nível máximo das enchentes ocorre em abril/maio e o nível mínimo em novembro/dezembro. Com relação à vegetação, há na área campos abertos e alagadiços nas proximidades dos lagos, assim como densas florestas de galeria. Perto dos rios existem formações pioneiras sob influência fluvial, lacustre ou fluviomarinha. Também são encontrados trechos com formações secundárias e pastagens. Em razão de sua importância para a manutenção da biodiversidade de áreas úmidas, a Baixada Maranhense é considerada um sítio RAMSAR.
A diversidade de hábitats possibilita a ocorrência de uma avifauna composta por espécies associadas a ambientes costeiros, marinhos e lacustres. Toda a área apresenta importantes sítios de alimentação e repouso para aves migratórias Mais de 20 espécies de maçaricos e batuíras foram observadas na região, concentrandose em maior número nas proximidades de Viana, inclusive na bacia do rio Pindaré, e na bacia do rio Mearim Uma das maiores concentrações de
Calidris canutus (maçarico-de-papo-vermelho) do Brasil foi encontrada no extremo norte da Ilha dos Caranguejos, em um local conhecido como "Ponta da Ilha". Na área também ocorre uma grande congregação de
Calidris pusilla, talvez a maior em território nacional. A Baixada Maranhense é um dos poucos lugares do Brasil onde há numerosas concentrações de
Porphyrio martinica (frango-d’água-azul), um ralídeo de hábitos migratórios. Outros grupos de aves bem representados na região são os Ciconiiformes e os Anseriformes. Na região há registros históricos do ameaçado
Herpsilochmus pectoralis (chorozinho-de-papo-preto), endêmico da Caatinga, nos municípios de Axixá e Bacabal.
Pressure/threats to key biodiversity
A exploração agropecuária na região é antiga. Nas áreas alagadiças há muitas plantações de arroz, assim como criações de búfalos. Esses animais transitam pelas áreas de campo e alteram o ambiente através do pisoteio, formando valas de drenagem que modificam a vegetação. A caça de aves aquáticas na região também é antiga. Um estudo realizado nos anos sessenta estimou em 150 a 200 mil o número de aves ("jaçanãs") abatidas anualmente. A espécie mais caçada é
Porphyrio martinica, seguindose
P. flavirostris e
Gallinula chloropus, todas consideradas iguarias culinárias na região.
Recommended citation
BirdLife International (2024) Important Bird Area factsheet: Baixada Maranhense (Brazil). Downloaded from
https://datazone.birdlife.org/site/factsheet/baixada-maranhense-iba-brazil on 23/11/2024.