BR043
Atol das Rocas


Country/territory: Brazil

IBA criteria met: A4i, A4ii, A4iii (2006)
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Area: 32,746 ha

SAVE Brasil
IBA conservation status
Year of assessment (most recent) State (condition) Pressure (threat) Response (action)
2024 favourable high not assessed
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Site description (2005 baseline)
Situado a 260 km do continente e a 145 km de Fernando de Noronha, o Atol das Rocas é a única estrutura recifal de seu tipo no Atlântico Sul ocidental. Crescendo sobre o topo de um monte submerso a 15–30 m de profundidade, é constituído por um anel de algas coralíneas e, subordinadamente, corais, gastrópodos vermetíneos e o foraminífero incrustante Homotrema rubrum. Esse anel envolve uma lagoa com duas ilhas baixas, Farol e Cemitério, cada qual com 3 ha. As ilhas são recobertas por poucas espécies de plantas herbáceas (Crinum sp., Portulaca oleracea, Sesuvium portulacastrum, Cyperus ligularis e Eragostris prolisera). Há alguns coqueiros e casuarinas plantadas como aviso visual para as embarcações. Marés de sizígia associadas a ventos podem resultar em ondas que varrem parcialmente as ilhas, causando grande mortalidade entre as aves. O Atol das Rocas é uma conhecida área de reprodução de tartarugas marinhas (Chelonia mydas e Eretmochelys imbricata) e tubarões limão (Negaprion breviceps); além disso, é habitado por cinco espécies de peixes recifais compartilhados apenas com Fernando de Noronha. A Reserva Biológia de Atol das Rocas, decretada em 1979, foi a primeira unidade de conservação marinha criada no Brasil.

Key biodiversity
O Atol das Rocas abriga a maior concentração de aves marinhas nidificando em território brasileiro. Cinco espécies reproduzem se no atol: Sterna fuscata, Anous stolidus, A. minutus, Sula dactylatra e S. leucogaster. Todas nidificam no solo, exceto A. minutus, que faz seus ninhos sobre as ruínas de uma antiga construção. A falta de vegetação arbórea ou arbustiva adequada impede a reprodução de Fregata magnificens (tesourão) e Sula sula (atobá de pé vermelho), que freqüentam o atol vindos do arquipélago de Fernando de Noronha. O atol também é visitado por um pequeno número de migrantes provenientes do hemisfério norte, como Pluvialis squatarola, Charadrius semipalmatus, Arenaria interpres, Tringa spp., Calidris spp., Numenius phaeopus, Limosa lapponica, Limnodromus griseus e Sterna albifrons, e foi palco do único registro brasileiro de Glareola pratincola, espécie do Velho Mundo. A área qualifica se duplamente pelo critério A4ii, poisabriga mais de 1% da população global de Anous stolidus (trinta réis escuro) e Sula dactylatra (atobá mascarado). A população reprodutora de Sterna fuscata (trinta réis das rocas), embora não atinja 1% da população global, é a maior no Atlântico Sul, com até 140.000 indivíduos. Por fim, a população de Anous minutus (trinta réis preto), com cerca de 1.750 aves, está próxima do limite de 1% da população mundial da espécie.


Recommended citation
BirdLife International (2024) Important Bird Area factsheet: Atol das Rocas (Brazil). Downloaded from https://datazone.birdlife.org/site/factsheet/atol-das-rocas-iba-brazil on 23/11/2024.