IBA conservation status | |||
---|---|---|---|
Year of assessment (most recent) | State (condition) | Pressure (threat) | Response (action) |
2024 | favourable | low | high |
For more information about IBA monitoring, please click here |
Site description (2005 baseline)
Esse antigo parque nacional está localizado sobre a Serra da Mantiqueira, no extremo oeste do Rio de Janeiro e em áreas adjacentes de Minas Gerais. O relevo é montanhoso, com encostas íngremes e elevações rochosas abruptas, sendo o Pico das Agulhas Negras (2.791 m) o ponto culminante de toda a região. O clima e a vegetação local variam bastante conforme a altitude, originando uma evidente zonação ecológica. As encostas inferiores da vertente sul da serra, até altitudes de 1.100 m, são revestidas por florestas montanas. Devido ao histórico de ocupação da área, essas florestas são, em sua maior parte, secundárias. De 1.100 a 2.000 m (ou de 1.500 a 2.200 m no norte e até 2.700 m no oeste do parque) existem florestas alto-montanas, ou matas nebulares, que gradativamente diminuem de porte e dão lugar aos campos de altitude, a partir de 1.600–2.400 m. Em alguns setores elevados do parque, principalmente no norte e no extremo oeste, ocorrem indivíduos esparsos ou agrupamentos de Araucaria angustifolia (araucária ou pinheiro-do-paraná), mas essa conífera foi intensamente explorada no passado e hoje é mais abundante em algumas áreas do entorno, como Visconde de Mauá. O clima regional é mesotérmico, com verões brandos; as geadas são comuns nas partes mais altas da serra durante o inverno e podem ocorrer breves nevadas.
Key biodiversity
Mais de 250 espécies de aves vivem na área. O parque abriga o maior conjunto de espécies de distribuição restrita da floresta atlântica montana (EBA076) entre todas as IBAs já identificadas e se qualifica duplamente sob o critério A2. Também a proporção de espécies endêmicas da Mata Atlântica na avifauna local – acima de 40% – é extremamente alta. A complexa estrutura da vegetação, que inclui diversas espécies de taquaras, proporciona os hábitats essencias para vários especialistas de bambu, como Claravis godefrida (pararu-espelho), Biatas nigropectus (papo-branco), Sporophila frontalis (pixoxó), S. falcirostris (cigarraverdadeira) e Amaurospiza moesta (negrinho- do-mato). A jacutinga (Pipile jacutinga) ocorria na região até pelo menos 1978, mas é agora dada como extinta em todo o Estado do Rio de Janeiro. O quase ameaçado Cercomacra brasiliana (chororó-cinzento) foi registrado em Serrinha, nos contrafortes orientais do maciço do Itatiaia, mas deve haver pouco hábitat adequado para essa espécie típica de matas semidecíduas no interior do parque. Touit surdus (apuimde- cauda-amarela) é mencionado para a mesma localidade, aparentemente com base em uma única fonte; entretanto, não há outros registros desse psitacídeo ameaçado em todo o maciço da Mantiqueira e sua presença requer confirmação. Por outro lado, a ocorrência de Harpyhaliaetus coronatus (águia-cinzenta), observado em 1988 a menos de 5 km dos limites do parque, é mais provável.
Recommended citation
BirdLife International (2024) Important Bird Area factsheet: Parque Nacional de Itatiaia (Brazil). Downloaded from
https://datazone.birdlife.org/site/factsheet/parque-nacional-de-itatiaia-iba-brazil on 22/11/2024.