Site description (2005 baseline)
Localizado na confluência do rios Doce e Piracicaba, a cerca de 150 km a leste de Belo Horizonte, o Parque Estadual do Rio Doce constitui o maior remanescente contínuo de floresta atlântica em Minas Gerais e um dos maiores em todo o leste brasileiro. O hábitat principal é a floresta semidecídua alta, mas cerca de um terço da área do parque já foi atingido por incêndios e apresenta hoje vegetação secundária. Mais de 40 lagoas naturais de vários tamanhos e estádios sucessionais distribuem-se através da área, formando um complexo sistema lacustre.
Key biodiversity
A riqueza da avifauna no setor mineiro da bacia do rio Doce foi estimada em 397 espécies, das quais 299 ocorrem no parque. As únicas espécies com ocorrência potencial ou confirmada nessa unidade de conservação e consideradas extintas na região são Harpia harpyja (gavião-real) e Accipiter poliogaster (tauató-pintado). Porém, há relativamente poucas informações divulgadas sobre a área e desconhecese a situação atual da maioria de suas aves ameaçadas, embora o hábitat seja suficiente para suportar populações significativas mesmo das espécies mais exigentes. O P. E. do Rio Doce é a única localidade onde Curaeus forbesi (anumará) tem sido registrado regularmente na parte sul de sua distribuição geográfica. Na área, essa espécie ameaçada está restrita principalmente a um pequeno setor entre a entrada do parque e a lagoa Carioca. Já as menções à ocorrência de Cotinga maculata (crejoá) são equivocadas, pois o registro histórico em que estão baseadas, para o baixo rio Suaçuí Grande, deu-se a mais de 100 km de distância do P. E. do Rio Doce.
Recommended citation
BirdLife International (2024) Important Bird Area factsheet: Parque Estadual do Rio Doce (Brazil). Downloaded from
https://datazone.birdlife.org/site/factsheet/parque-estadual-do-rio-doce-iba-brazil on 22/12/2024.