IBA conservation status | |||
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Year of assessment (most recent) | State (condition) | Pressure (threat) | Response (action) |
2024 | very poor | medium | not assessed |
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Site description (2005 baseline)
As florestas que recobrem a borda leste do Planalto Meridional, ou Serra Geral, configuram um corredor de Mata Atlântica ainda bem preservada que se estende de forma praticamente contínua desde a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, até o vale do rio Maquiné, no Rio Grande do Sul . A paisagem dessa porção do sul do Brasil é marcada por um conjunto espetacular de cânions profundos e íngremes, delimitados por penhascos verticais que parecem ter sido aparados a faca, daí o nome pelo qual a região é conhecida. A vegetação varia da floresta atlântica de encosta a matas montanas, que passam a florestas com araucária nas altitudes superiores a 800 m da porção meridional do maciço. Autênticas matas de neblina revestem certos trechos da orla do Planalto voltados diretamente para o mar. Localmente, o maciço florestal estendese até áreas de baixada e incorpora remanescentes de floresta atlântica de terras baixas, como na Reserva Biológica Estadual da Mata Paludosa, no Rio Grande do Sul. Os campos de altitude ocorrem apenas marginalmente, nos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. Tal como a vegetação, o clima também varia conforme a altitude, de úmido e relativamente quente nas baixadas a superúmido e temperado nas partes mais elevadas. Um cordão de áreas protegidas quase contíguas protege a parte sul do maciço florestal.
Key biodiversity
Ainda persistem no maciço florestal da Serra Geral espécies que requerem extensas áreas de hábitat bem preservado para sobreviver, como Pipile jacutinga (jacutinga) e grandes falconiformes florestais. A área abriga o maior conjunto de espécies características da EBA076 (Floresta Atlântica Montana) entre as IBAs do sul do Brasil. As matas com araucária que orlam o topo do Planalto na porção gaúcha do maciço propiciam a ocorrência de espécies típicas desse ambiente, como os endêmicos Amazona vinacea (papagaio- de-peito-roxo), Strix hylophila (coruja- listrada), Leptasthenura setaria (grimpeiro) e L. striolata (grimpeirinho). O quase ameaçado Morphnus guianensis (uiraçu- falso) foi avistado em Siderópolis (SC) no início da década de 1980, podendo ainda estar presente nos vales mais protegidos da parte norte da área.
Recommended citation
BirdLife International (2024) Important Bird Area factsheet: Região dos Aparados da Serra (Brazil). Downloaded from
https://datazone.birdlife.org/site/factsheet/região-dos-aparados-da-serra-iba-brazil on 23/12/2024.